domingo, 23 de setembro de 2007

Singularidade


Somos Petalas brancas sabendo a amarga existencia da doce decadência.


Somos pedacos de coisas disformes feitos de algumas parecensas
dentro de toda a diferenca que o ar nos faz crer,


Petalas brancas, de cruel descrença, com toda a indiferenca
de quem um dia nasceu e parte de si não quis ser


Petalas brancas, pretas e vermelhas, de mais cores ainda,
de todas as cores de perspectivas que a vida permite conter.


Soltam-se da flor, desprendem-se do florescer,
para nunca mais à sua origem voltar,


Petalas que a uma brisa eterna desejariam ser,


Sendo no fim permitida apenas uma ténue escolha,
antes de na velha folhagem esmurecer
qual flor, no fim da queda, ajudar a fortalecer.



Hoje caimos em sitios confusos, alimentando caminhos difusos.

1 comentário:

Heraclita disse...

bonitos textos! =) espero poder ler mais textos teus! gosto da forma sui generis da tua tua escrita. continua!

Liliana**