segunda-feira, 6 de julho de 2009

A nós


A colheita dos doces frutos, os bagos esmagados,
dentro de talhas feitas de barro cozido ferveram,
sob o olhar de deuses do povo, o cheiro efervescente
deixou advinhar o devaneio do ritual líquido de etéreo bebível.



Saltita em pé caprino sempre por perto,
ele serve tudo o que se dissolve em nós,
todos os néctares que anulam o superficial correcto,
ele sorri enquanto bebe contigo
aquilo que mais vos agrada aos dois,
mais sorri na tua cara espelho quando se torna maior
dentro de ti, se o convidas a entrar ele diz-te,
Já por cá andava no teu sonhar,
se não, apenas se ri do teu olhar ingénuo de surpresa,
e diz-te ao ouvido, Pede dois bem cheios de sentir.



Ritual líquido de Vinália conjurada
num presente bebido, sagrado libertar das almas,
semideuses agora, antes de termos sido apenas mortais,
subjugados às falsas vontades de Deuses castrados.




A Júpiter e a Vénus bebemos com Baco em todos nós.