sábado, 30 de maio de 2015

Intemporalidade



  Curiosamente os melhores sonhos que tenho
são pintados por estas mesmas tonalidades,
em vez das cores negras que habitualmente os soberanam.

Verão quente, tempestades passageiras de oeste
que molham com gotas mornas, como se nos quisessem contar
o todo e o sempre numa só tarde, nutrir um estranho sentimento
de nostalgia, em que me sinto quase aflito por viver.

Gostaria que na próxima tarde me fosse possível
reunir tudo aquilo que amo, para que me pudesse despedir
convenientemente daquilo que já não me pertence,
e a seguir, abraçar o que é passageiramente meu.