quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

?




Em sol de inverno nascente,
percorro mais um inicio de dia,
adolescente manhã que me questiona
acerca de tudo aquilo que não sei responder.



Demoro o tempo em justo silêncio,
o tempo que leva a aceitar-vos
o que não pode ser alterado pela vontade forçada.



Porque o sol nasceu.



Continua a subir até se por no lado oposto,
o dia não parece ser suficiente para aceitar,
o novo amanhecer está sempre mais próximo
e com ele as mesmas perguntas de sempre.





Amanhã farei diferente.








terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Reinicio


No principio havia terra, solo fértil que prometia a origem,
no principio tudo era possivel de certeza.


A manhã acordou fria e enevoada, acendi uma modesta fogueira
para aquecer as mãos que a terra haveria de volver,
olhei o terreno em meu redor, calculei-o através de meticulosas
medições, como seria o primeiro florescer?
Seria frágil de atenção e frágil continuaria a ser apesar de todo o
continuado cuidado.


Respirei bem fundo e comecei a enquadrar as primeiras estacas
elas indicavam onde seria permitido germinar, onde a presença
de ervas daninhas, florescentes infestantes, seria certa mas controlada
embora as raizes prometessem sempre ramificar o longo percorrer.

Os cortes necessários iriam ser prometidos antes de tudo, o acordo,
assinado a sangue, que jamais poderia ser quebrado, acordo em que
os cortes teriam que fazer sangrar os males, independentemente da
falsa ou verdadeira vontade.


Por um crescer maior.