segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Capricórnio a seus pés


Mordida ao nascer pelo frio mais gélido de um pássaro de neve,
foste enregelada por esse estranho destino,
Princesa que nunca sorri.

Invocando tudo aquilo em que acreditas verdadeiramente,
anulando que os factos, antes de o serem,
no seu exterior, não passam de vãs suposições,

Espalhas um eclipse, onde e quando o sol brilhe.
Sempre que o sol brilhe a meus pés.

Ao fusco-lusco aproximas-te, e como a neve,
falo gentilmente pra que possas ouvir-me,
eu sei o teu medo. Ele esta a crescer...

Ele ainda irá crescer mais e eu vou contar-te verdades
que já conheces, nao vais gostar, mas tambem verdades
que nao conheces, irás sorrir antes de desacreditares,

No fim, o sinal da cruz irá acompanhar-te à cama em Capricórnio.

Sempre com Capricórnio a seus pés,
prestando vassalagem, orgulhosamente submisso!

O teu medo está a crescer.
Tu conhéce-lo bem, sabes que faz parte de ti,
quanto mais o sabes, maior é ele em ti.
Ao conhece-lo, mais sorris por o saber, e tens medo.

Destinados ao vento mais tumultuoso que sopra
nesta tão nossa alta e violenta montanha,
Irás subila, pois sabes que a tua Pedra Filosofal
se encontra no seu topo, até que todo o medo
seja a harmonia absoluta.

Tudo em ti...

Serás o mais profundo receio de todas as pessoas,
o elemento mais reconfortante,
e tal como todos os conceitos aprendidos com o sofrimento.
irás simbolizar todo o medo de todos, em contraste com aquilo
que não foi vivido pelos demais, e depois...

Eclipsaras tudo com a tua fria e crua realidade,

Fria como o pássaro de neve e crua como
todas as fraquezas de ser humano.

Leva-me na tua doce e sinistra subida!

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