Chuva e vento por detrás do vidro molhado,
pensamento dissolvido por dentro das minhas memórias felizes,
chuva líquida e pensamento espesso,
ambos arrastam-se ao querer do vento
pela mesma percepção escorrida
de pequenos universos finitos.
Os nunca mais são tão maiores que os para sempre.
A parte de nós que aspira a um Olimpo privado
nunca se resignará a qualquer impossibilidade
criada por outrem, jamais.
No espaço paralelo criado por nós neste mesmo tempo
interior, Nós ainda permanecemos como apenas um ser
completo composto por duas metades imperfeitas.
6 comentários:
Li e em silêncio saí, voltei, li e de novo em silêncio, saí... cá estou de novo, em silêncio, pois não me ouves, mas digo-te, que este poema é uma maravilha, é dos que conseguem fazer com que eu leia e releia sem parar. Parabéns.
Gostei muito.
Fatima
"Os nunca mais são tão maiores que os para sempre"
palavras acertadas. gostei imenso!
e se na imperfeição residir o suculento paladar da viagem, alguém olvidará a natureza?
Tudo tem asas neste mundos paralelos, deixar ir, procurar na "chuva e no vento" a letra da continuação
Tens jeito para a escrita. Já te vi no Olhares, ou estarei enganada? :)
Creio que ele se matou: Game Over!
Maravilhoso!
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