terça-feira, 29 de abril de 2008

Os mais bem esquecidos



Quinta noite, dentro do tempo que nos mostrou
o cheio preenchido pelo ócio, da natureza que se viu
e que por alguêm foi merecidamente retirado
a outro que reteve o poder soberano de um global
violentamente usurpado.

Bocejo, o côncavo expirar de um cansaço de um instante
antes inspirado, desmotivado numa superficial reflexão
não de um dia ou tão pouco de alguma hora passada,
apenas num único momento, em que me rendo ao que submerge.

Corrente fluida de seres crentes num raciocinio volátil
que se completam num quase algo, sempre obedecendo
ao infame perigo dos segundos palpites,
o risco dos segundos palpites que tão bem sabidos
sempre nos ensinaram a sua cruel natureza.

Ensinei-me com aquilo que tu aprendes-te,
em casual sequência de estimulos partilhados,
vindos dos lados mais escondidos na sombra,
por debaixo das pedras fincadas em chão de terra,
que abraça com raizes antigas que já não transportam vida,
e nelas apenas restam vestigiais seivas de memórias.

A memória morta que insiste em rasgar,
por debaixo da minha almofada,
o mundo desprezado e selado que impunha as trevas,
a memória de quando tu ainda lá estavas.

1 comentário:

Anónimo disse...

BEM CONTINUA ASSIM, ATÉ PARECE QUE FOI ESCRITO PARA MIM...