Tentei chegar a casa com bagagem de cadáver flutuante,
sob um luar que empalidecia as partes que mais sentiam
a hora aproximáva-se e ainda não tinha onde me sepultar.
Não me recordo de onde vim nem pra onde vou,
alguêm chama-me numa colina, alguêm que também
me parece andar a divagar, embora num modo mais confiante
daquele que eu sinto e vejo em mim, sigo atrás arrastando
o corpo desalmado e pálido de sangue.
Movemo-nos com sangue frio nos entrespaços que separam
as casas das ruas, o passeio de calçada dos que buscam e quase
nunca encontram o caminho dos não-escravos.
Encontro-te
Tu, num momento cheio de inesperado
fico como nunca fiquei dentro de uma parte
de mim que desconhecia existir na realidade
Querida, a uma distância de década existêncial
a uma distância encurtada a um mero nada.
a uma distância encurtada a um mero nada.
Desconheço a melhor forma de agir, nunca tive que o fazer
sendo a única coisa possível, dialogar
Ontem
2 comentários:
Fez-me sorrir .
Ontem.
adorei
só um capricorniano escreve assim.
:)
vou linkar vc sem pedir autorização
:)
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