Na ribalta das luzes nocturnas, nas ruas estreitas de pedra
entre casas antigas, existiriam passos e palavras ditas
numa novidade de sensibilidade crescente,
com o cheiro da cidade misturado com dois pensamentos distintos,
e no mesmo tempo iguais, em colisão desejada,
a gravidade de dois corpos e os passos paralelos de cada um
a insistir quebrar todas as regras através da vontade maior.
Talvez fossemos um único corpo se o universo o permitisse,
talvez já o sejamos e não o conseguimos provar,
pois apenas a presença física consegue ser soberana
face a todas as idealizações a que nós, sonhadores,
teimamos em ser.
1 comentário:
Talvez não tenhamos sonhado o suficiente... talvez o universo não tenha conspirado a nosso favor... Talvez no fundo a culpa seja nossa.
Sim, a vida é madrasta. Dá e torna a tirar.
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