sábado, 31 de agosto de 2013

Agora e Sempre

   Na ribalta das luzes nocturnas, nas ruas estreitas de pedra
entre casas antigas, existiriam passos e palavras ditas
numa novidade de sensibilidade crescente,
com o cheiro da cidade misturado com dois pensamentos distintos,
e no mesmo tempo iguais, em colisão desejada,
a gravidade de dois corpos e os passos paralelos de cada um
a insistir quebrar todas as regras através da vontade maior.

Talvez fossemos um único corpo se o universo o permitisse,
talvez já o sejamos e não o conseguimos provar,
pois apenas a presença física consegue ser soberana
face a todas as idealizações a que nós, sonhadores,
teimamos em ser.

 

1 comentário:

Anónimo disse...

Talvez não tenhamos sonhado o suficiente... talvez o universo não tenha conspirado a nosso favor... Talvez no fundo a culpa seja nossa.

Sim, a vida é madrasta. Dá e torna a tirar.