quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Zombie


Noite longa, gente alcoolizada pelo surreal que cai e sorri,
perante o sangue que corre através da sentida sonolência,
perdidos no meio de todos, no centro deles mesmos,
no interior onde se viaja por sitios inundados pelo etilico espirito,
aquele que conversa com dizeres entusiasmantes,
com palavras convincentes de um total descrente.

Oiço, o murmurio cavo do morto-vivo, a palavra mais escura,
o sofrimento mais sincero e crú vociferado que clama pela vida,
num dialecto primordial horripilante que continua a ser impossivel,
não passivel de descrição através de qualquer engenho,
embora repetido numa espiral infinita por todos nós, crentes.


O dia nasceu, a luz finalmente suprimiu o murmurio colérico
da noite, maquilhando-o como uma brisa que acaricia
o sub-consciente adormecido no leito de uma lua sempre presente.

1 comentário:

MaçonariaPrincess disse...

UMA PROFUNDIDADE SURPRENDENTE NAS PALAVRAS!